RJ homenageia profissionais que atenderam vítimas de Realengo
quarta-feira, 28 de março de 2012A Secretaria da Saúde do Estado do Rio de Janeiro realizou no último sábado seu I Congresso Científico, que contou com uma homenagem aos profissionais do Hospital Estadual Albert Schweitzer, que participaram do atendimento e tratamento das vítimas da chacina em guia de Realengo, no ano passado. O hospital foi uma das instituições que receberam os estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira, atingidos pelos disparos do ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, que invadiu salas de aula aturando e se matou em seguida.
Além da homenagem, o evento foi marcado pela troca de experiências entre profissionais de saúde de hospitais, UPAs e demais unidades da pasta. Em seu discurso de abertura, o secretário Sérgio Côrtes destacou o trabalho dos 35 mil profissionais de saúde que se dedicam a cuidar da população do Rio: “Somos o Estado que mais tem unidades próprias de saúde, que prestam desde o atendimento primário, como é o caso das UPAs, até alta complexidade.”
Tragédia em Realengo
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril de 2011. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.
Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta encontrada com ele, Wellington pediu perdão a Deus e deixou instruções para o próprio enterro – entre elas que nenhuma pessoa “impura” tocasse seu corpo.
Dias depois, a polícia divulgou fotos e vídeos em que o atirador aparece se preparando para o ataque durante meses. Em um deles, Wellington justificou o massacre por ter sido vítima de “bullying” praticado por “cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem”. Na casa dele, foram encontradas diversas anotações que mostraram uma fixação pelos ataques de 11 de setembro de 2001. O atirador acabou enterrado como indigente 15 dias após o massacre, já que nenhum familiar foi ao Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo.
Fonte: Portal Terra