Dengue preocupa moradores de Realengo e Bangu
sexta-feira, 2 de março de 2012Em duas semanas, o número de registros de dengue na capital quase dobrou — foi de 3.499 para 6.565, o que equivale a um aumento de 87,62%. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o boletim, 19% dos casos foram notificados na região de Bangu, bairro Realengo e adjacências, seguida por Madureira, Guadalupe e adjacências, com 17,8%.
Segundo a secretaria, só no mês de janeiro foram notificados 4.696 casos de dengue — quase o triplo do ano passado quando, nesse mesmo período, 1.664 pessoas tiveram a doença.
VÍRUS TIPO 4 PREDOMINA
Análises feita por amostragem dos tipos de vírus na cidade apontou que o dengue 4 corresponde a 61,2% da circulação. Além disso, 37,3% dos vírus circulantes são do tipo 1 — que só circulou no Rio na década de 1980. O cenário, mais uma vez, aponta para o alto risco de epidemia de dengue nesse verão.
Entre as amostras analisadas até agora, foram identificados 41 casos de dengue tipo 4. Entretanto, de acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da secretaria, Marcio Garcia, o número real é bem maior. “Estamos fazendo de tudo para reduzir as consequências que isso pode ter para a população. Queremos não ter óbitos nessa epidemia”, afirmou Garcia.
Dentre as ações, está programada a 10ª Caminhada de Mobilização contra a Dengue, que ocorre na próxima sexta-feira, de 8h às 10h, em toda a cidade. Além disso, na próxima semana o fumacê vai circular nas regiões do Catumbi, Copacabana, Maracanã, Galeão, Inhaúma, Bento Ribeiro, Taquara, Bangu, Guaratiba e Santa Cruz.
Tipo 4 circula também na Baixada
Relatório divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde apontou que até 25 de fevereiro foram notificados 11.280 casos de dengue em todo o estado. Até o dia 11 de fevereiro, eram 6.745 pessoas com a doença. Exames em amostras de sangue confirmaram a presença do tipo 4 do vírus também na Baixada — nos municípios de Nova Iguaçu e Mesquita —, além de Rio e Niterói.
Em visita à capital na última semana, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um alerta. “A cidade é a que mais preocupa o governo federal. As características de clima favorecem o mosquito, além da presença do tipo 4. Poucas pessoas tiveram essa dengue, o que torna a população vulnerável”.
A Fiocruz procurou a Secretaria de Saúde para traçar perfil da atuação do tipo 4 no Rio.
Fonte: O Dia On Line
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